30 de mai. de 2014

Relacionamentos Abertos

        Algumas pessoas sofrem em relacionamentos abertos, isso é natural, porque fomos criados em uma sociedade da posse, da competição e dos príncipes encantados que nos trariam amor eterno. No entanto, é importante que se diga que o relacionamento aberto é a decisão madura de abdicar da posse do corpo do outro, que na verdade nunca foi seu, é a forma honesta de dizer: eu posso me interessar por outra pessoa sem deixar de te amar e de querer uma vida ao seu lado, não estou livre disso e também não quero te impedir de viver livremente. 



     Mais importante ainda é perceber que, em nossa sociedade, o homem já tem um relacionamento aberto de forma unilateral. Todos sabemos a facilidade que homens tem de sair sozinhos, de trair com conivência dos amigos, família, etc. Por isso, pra maioria dos homens seria inadmissível um relacionamento assim: seria aceitar que sua mulher fizesse o mesmo... no entanto, relacionamento aberto não é traição. Traição é mentir. E o relacionamento "monogâmico", falando em termos gerais, é ponto pro machismo. De toda forma, é importante esclarecer alguns pontos acerca disso:

1. Não é relacionamento aberto se você usa isso como desculpa pra falta de interesse na outra pessoa;

2. Não é relacionamento aberto se isso é desculpa para magoar o outro;

3. Não é relacionamento aberto se ambos não concordam, estão cientes e são maduros pra admitir um relacionamento assim;

4. Pra ter um relacionamento aberto é preciso antes ter um relacionamento.

5. Assumir que a pessoa tem vida além de você é difícil, mas libera o outro de uma carga impossível: a responsabilidade completa pela felicidade alheia. Só eu posso encontra os caminhos pra me fazer feliz, isso inclui amor, sem dúvida, mas não posso converter a vida de outra pessoa em favor disso;

6. É muito difícil explicar este tipo de relacionamento, as pessoas em geral não estão preparadas para a honestidade. É muito mais fácil aceitar a traição do que o relacionamento aberto;

7. Ter relacionamento aberto não significa sair com todo mundo (se fosse também ninguém teria nada a ver com isso). Mas em geral, as pessoas tem mais dificuldades de se envolver com outras quando tem um relacionamento assim, porque você tende a ficar mais seletivo, já que nem todos entendem essa forma de se relacionar.

8. A mulher sempre é mais julgada em uma relação. Não é diferente no relacionamento aberto.

9. Isso não é receita de bolo, o que serve pra um não serve pro outro. Cada um decide a melhor forma de se relacionar na vida.



Por: Andréa Benetti

22 de mar. de 2014

A DIETA DO PALHAÇO (SUPER SIZE ME)

     O resultado do registro onde, em um determinado período de tempo, o personagem só se alimentava de lanches Mc Donalds é o que compõe o incrível documentário Super Size Me onde o diretor e protagonista Morgan Spurlock demonstra de modo informativo, divertido e simplificado as consequências de uma vida levada ao "pé-do-fasfood". Sem maiores cuidados com uma rotina de atividades físicas regulares e/ou uma alimentação balançeada, Morgan se lança em um experimento tanto perigoso quanto delicioso (?!)

- Se alimentar por 30 dias somente com refeições Mc Donalds-


    O documentário estadunidense, lançado em 2004, embora tenho como alvo a empresa Mc Donalds, salienta uma reflexão muito grande em torno não só dos cada vez maiores índices de obesidade em algumas regiões do mundo mas também como os nossos hábitos alimentares, saúde e qualidade de vida só dependem de escolhas individuais, diárias.

*** Disponibilidade completa (legendado) no youtube, ou no link em destaque.

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Mais um post:




É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se eu quiser conhecer as borboletas

Se lido com o coração, O Pequeno Princípe, de Antoine de Saint-Exupéry muda a vida de uma pessoa. Como eu criei este blog com o principal intuito de compartilhar conhecimento através de textos, notas, matérias, artigos, livros e afins que acrescentasse algo na vida das pessoas, hoje eu vou recomendar algo não só a ser lido mas a ser exercitado. Sim, mudança é um dos mais difíceis exercícios na vida de um ser humano (se pra melhor, é claro).

Apreciem sem moderação, quando voltarem segunda pra academia vão ver que Spinning é fichinha rs.

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SEIS VERDADES CHOCANTES QUE FARÃO DE VOCÊ UMA PESSOA MELHOR

6. O mundo somente se importa com o que pode obter de você


     Digamos que a pessoa que você ame acabou de ser baleada. Ele ou ela está agonizando na rua, sangrando e chorando. Um cara aparece do nada e diz, “Afastem-se”. Ele observa o ferimento de bala em sua amada e puxa um canivete: ele vai operá-la ali mesmo na rua.
     Você pergunta: “Vocé é médico”?
     O cara diz: “Não”.
   Você diz: “Mas você sabe o que está fazendo, certo? Você é um médico aposentado, ou…”
  Nesta hora o cara parece incomodado. Ele diz a você que é um cara legal, honesto, que nunca se atrasou para nada. Ele diz que é um grande filho e tem uma vida cheia de hobbies saudáveis, e ele se gaba de nunca ter falado palavrão na vida.
 Confuso, você diz: “Como diabos qualquer dessas coisas importam quando minha (mulher/esposa/mãe/ melhor amiga) está morrendo aqui, sangrando? Eu preciso de alguém que saiba como operar ferimentos de bala! Você pode fazer isso ou não?!”
  Agora o homem fica agitado: por que você está sendo tão superficial e egoísta? Você não se importa com nenhuma das outras qualidades dele! Você não o ouviu dizendo que ele sempre se lembra do aniversário da namorada? Mesmo sabendo de tudo isso sobre ele, realmente a única coisa a qual você se importa é se ele sabe como fazer um cirurgia?
 Naquele momento de pânico, você irá sacudi-lo com suas mãos ensanguentadas, berrando: Sim, estou dizendo que nenhuma dessas merdas importam, porque nesta situação específica, eu preciso somente de alguém que possa parar o sangramento, seu maluco desgraçado filho-da-mãe!!!!
  Então aqui está minha terrível verdade sobre o mundo adulto: você está nesta situação singular em todo simples dia. Só que você é o cara confuso com o canivete. A sociedade inteira é a vítima ferida de tiro.
  Se você quer saber por que a sociedade parece afastar-se de você, ou por que você não consegue ter o respeito dela, é porque a sociedade está cheia de pessoas que precisam de coisas. Elas precisam que suas casas sejam construídas, de comida para comer, entretenimento, de relações sexuais prazerosas. Você surge nesta cena de emergência, segurando seu canivete, desde o seu nascimento: no momento em que você veio ao mundo, você começou a fazer parte do sistema projetado exclusivamente para atender as necessidades das pessoas.
  Isto parece ser mal, grosseiro ou materialista? E o amor e gentileza? Essas coisas não importam? É claro. Desde que elas resultem em você fazendo coisas para as pessoas que elas não consigam em outro lugar. Veja só…
5. Os hippies estavam errados

Aqui vai uma das maiores cenas da história do cinema (AVISO: LINGUAGEM EXTREMAMENTE DIRETA):




   Para aqueles que não conseguem assistir ao vídeo, o vídeo trata-se do famoso discurso que Alec Baldwin dá no clássico do cinema “Sucesso a qualquer preço”. O personagem de Baldwin – que assume-se que seja o vilão – discursa para um sala cheia de caras, de uma maneira bem “filho da mãe”, dizendo-lhes que serão demitidos a não ser que fechem as vendas que lhe foram atribuídas.
  “Um cara legal? Estou nem aí. Bom pai? Foda-se! Vá para a casa e brinque com seus filhos. Se você quer trabalhar aqui, venda.
  É brutal, rude e beira a sociopatia, mas também é uma manifestação honesta e precisa do que o mundo está esperando de você. A diferença é que, no mundo real, as pessoas consideram errado falar com você dessa forma então elas decidiram que é melhor simplesmente deixar que você continue falhando.

  Esta cena mudou minha vida. Eu colocaria esse discurso como meu despertador se eu soubesse como fazer isso. Alec Baldwin foi indicado ao Oscar por esse filme e essa é a única cena em que ele está. Como algumas pessoas inteligentes demonstraram, a capacidade deste discurso é que metade das pessoas que o assistiram acham que o objetivo da cena é “Nossa, como deve ser ter um chefe tão babaca?” e a outra metade diz, “Foda, vamos sair e fazer boas vendas!”.
Ou, como o blog the Last Psychiatrist colocou:
Se você estivesse naquela sala,alguns de vocês entenderiam isso como um trabalho, mas captariam a mensagem dada, boas vindas do treinador te xingando, “esse cara é foda!”; enquanto alguns de vocês levariam para o lado pessoal, esse cara é um babaca, você não tem direito para falar comigo desse jeito, ou “a manobra padrão” quando o narcisismo é confrontado com um poder maior silenciosamente fantasia sobre achar algo que irá taxá-lo como hipócrita. Tão compensador.

Este resumo é de uma crítica perspicaz dos “hippies” e porque eles parecem ter tantos problemas em conseguir empregos (isso nem sequer faz jus ao texto, vá ler a coisa toda), e o ponto é que a diferença nessas duas atitudes: – amargurado vs motivado – determina fortemente se você irá ou não ter sucesso no mundo. Por exemplo, algumas pessoas querem responder à esse discurso com a frase de Tyler Durden do filme Clube da Luta: “Você não é seu emprego!”.
Mas, bem, na verdade você é. Seu “emprego” e meio de vida podem não ser a mesma coisa, mas em ambos os casos você não é nada mais que a soma de todas as suas habilidades úteis. Por exemplo, ser uma boa mãe é um trabalho que requer uma habilidade. É algo que uma pessoa pode fazer que é útil para outros membros da sociedade. Não entenda mal. Seu “trabalho” é a coisa útil que você faz para outras pessoas, é tudo que você é.
Há uma razão de porque os cirurgiões ganhem mais respeito que os escritores de comédia. Há uma razão para que mecânicos ganhem mais respeito que hippies desempregados. Há uma razão para que seu emprego tornar-se seu rótulo se sua morte gera a notícia (O dono da Yoki morre em um assassinato/homicídio.). Tyler disse, “Você não é seu emprego”, mas ele também fundou e dirigiu uma companhia de sabão de sucesso e tornou-se o chefe de um movimento social e político internacional. Ele era, completamente, o trabalho dele.

Foi a ironia que muitas pessoas perderam daquele filme.

Ou pense dessa forma: Relembre quando a empresa Chick-fil-A mostrou-se ser contra o casamento de gays. E como, apesar dos protestos, a companhia continuou a vender milhões de sanduíches todo dia. Não é porque o país concorda com eles; é porque eles fazem seu trabalho de fazer sanduíches deliciosos muito bem. E isso é tudo que importa.
Você não precisa gostar disso. Eu não gosto quando chove no meu aniversário. As nuvens se formam e a precipitação acontece. As pessoas têm necessidades e então dão valor às pessoas que os satisfazem. Este é o simples funcionamento do universo e eles não respondem aos nossos desejos.
Se você protesta que você não é um capitalista egoísta materialista e que você discorda que o dinheiro é tudo, eu só posso dizer: Quem disse alguma coisa sobre dinheiro? Você não está entendendo o ponto chave.
4O que você produz não tem a ver com ganhar dinheiro, mas tem a ver com beneficiar pessoas
 Vamos tentar usar um exemplo sem o uso de dinheiro para que você não fique pensando nisso. Este site (do artigo original, Cracked) escreve para, em média, homens de 20 e poucos anos.
  Então na nossa caixa de entrada eu leio várias histórias por ano de caras miseráveis e solitários que insistem que aquela mulher não dá mole para eles apesar deles serem os caras mais legais do mundo. Mas a verdade é a mesma: “Cara legal”, quem se importa? Se você quer trabalhar aqui, venda!

Então, o que você tem para mostrar? Então, o que você tem para oferecer? Porque a guria que você tem sonhado, aquela da livraria e que parece com a Zooey Deschanel, passa hidratante em seu lindo rosto por uma hora toda noite e se sente culpada quando ela come qualquer coisa que não seja salada no almoço. Ela será uma cirurgiã em 10 anos. E o que você faz? O que você tem para oferecer? 
Então você está me dizendo que eu não consigo pegar garotas como ela a não ser que tenha um bom emprego e muito dinheiro?”
Não. Seu cérebro vai direto para essa conclusão para que você tenha uma desculpa para tudo que lhe rejeita pensando que eles estão sendo somente egoístas e superficiais. Estou perguntando: o que você tem a oferecer? Você é inteligente? Engraçado? Interessante? Talentoso? Ambicioso? Criativo? Ok, agora o que você faz para demonstrar esses atributos para o mundo? Não diga que você é um cara legal. Esse é o mínimo que você tem que ser. Garotas bonitas tem caras sendo legais com elas 36 vezes ao dia. O paciente está sangrando na rua. Você sabe como operá-lo ou não?
Bem, eu não sou sexista ou racista ou ganancioso ou superficial ou mal-educado! Não sou igual aqueles otários!”
Desculpe-me, eu sei que isso é difícil de ouvir, mas se tudo que você pode fazer é listar um monte de defeitos que você não tem, então se afaste do paciente. Há um cara inteligente e bonito com uma carreira promissora pronto para operar.

  Isso quebra o seu coração? Ok, então e agora? Você vai ficar se lamentando sobre isso, ou irá aprender como fazer a cirurgia? É por sua conta, mas não reclame sobre como as garotas se apaixonam por idiotas; elas se apaixonam por aqueles idiotas porque aqueles idiotas tem outras coisas que podem oferecer. “Mas eu sou um bom ouvinte” Você é? Porque você está disposto a ficar quieto em seu canto em troca da chance de estar perto de uma garota linda (e gastar cada segundo imaginando quão macia sua pele deve ser)? Bem, adivinhe só, há outro cara na vida dela que também sabe fazer isso, e ele também sabe tocar guitarra! Dizer que você é um cara legal é como um restaurante em que a única especialidade é que a comida não o deixe doente. Você é como um filme novo que o título é “Esse Filme é legendado”, e o subtítulo é “Os atores estão bem visíveis”.
  Eu acho que é por isso que você pode ser um “cara legal” e ainda assim se sentir mal consigo mesmo. Especificamente…
3. Você se odeia porque não faz nada

“Então e agora, você está dizendo que eu deveria ler um livro sobre como pegar garotas?”
Somente se o primeiro passo do livro é “Comece a se tornar o tipo de pessoa que as garotas querem estar perto.”
Porque essa etapa é normalmente esquecida. É sempre “como eu consigo um emprego?” e não “Como eu me torno o tipo de pessoa que empregadores desejam?”. É “Como eu consigo que garotas bonitas gostem de mim?” ao invés de “Como eu posso me tornar o tipo de pessoa que garotas bonitas gostam?” Veja, o problema é que esse segundo tipo pode muito facilmente requerir que você desista de muitos dos seus hobbies favoritos e preste mais atenção, e sabe Deus lá o que mais. Você pode até ter que mudar a sua personalidade!
“Mas por que eu não posso simplesmente achar alguém que goste de mim como eu sou?”, você pode perguntar. A resposta é porque os humanos precisam de coisas. A vítima está sangrando, e tudo que você pode fazer é baixar a cabeça e se lamentar que não há ferimentos de balas que se curem sozinhos? 

Todo mundo que viu o vídeo instantaneamente se tornou mais feliz, embora nem sempre pelas mesmas razões. Você pode fazer isso para as pessoas? Por que não? O que está impedindo você de balançar, com um notório fio dental e capa, em pleno palco, seu pênis para as pessoas? Aquele cara sabe a arte secreta de vencer na vida: que fazer… o que quer que você chame aquilo… era melhor do que não fazer aquilo.
“Mas eu não sou bom em nada!” Bem, tenho boas notícias: com algumas horas de repetição você pode ficar um pouco bom em qualquer coisa. Eu era o pior escritor do planeta quando era adolescente. Eu só fiquei um pouco melhor com 25 anos. Mas enquanto estava falhando miseravelmente na minha carreira, eu escrevia no meu tempo livre, por oito anos seguidos, um artigo por semana, antes que eu ganhasse dinheiro de verdade com isso. Levou 13 longos anos para eu me tornar bom o suficiente paraentrar na lista de best-sellers do New York Times. Precisei de, provavelmente, 20.000 horas de prática para tirar algo que preste.
Não gosta da perspectiva de gastar todo esse tempo em aprender uma habilidade? Bem, eu tenho uma boa e má notícia. A boa notícia é que o simples ato de praticar irá ajudá-lo a sair de sua casca: eu passei por anos de tedioso trabalho de escritório porque eu sabia que estava aprendendo uma habilidade única apesar de tudo. As pessoas desistem porque leva muito tempo para ver os resultados, porque elas não entendem que o processo é o resultado.
A má notícia é que você não tem escolha. Se você quer trabalhar aqui, venda.
Porque, na minha opinião de não-expert, você não se odeia porque você tem baixa auto-estima, ou porque outras pessoas são más com você. Você se odeia porque não faz nada. Nem você mesmo consegue “amar você por você“. Esse é o motivo de você ser infeliz e me mandar mensagens perguntando o que você deve fazer com a sua vida.
Primeiro passo: Levante-se

Faça as contas: Quanto de seu tempo é gasto em consumir as coisas que outras pessoas fizeram (TV, música, videogames, sites) contra as feitas por você? Somente um desses dois adiciona valor a você como ser humano.
E se você odeia ouvir isso e está respondendo com algo que você ouviu quando criança que se parece com “É o interior que importa!” então eu só posso dizer…
2. O seu interior só importa por causa do que faz você fazer

Estando no ramo que estou, conheço dúzias de aspirantes a escritores. Eles acham que são escritores, ele se apresentam como escritores nas festas, eles sabem que, no fundo, eles têm o coração de escritor. A única coisa que eles estão esquecendo  é daquele pequeno passo final, onde elas realmente escrevem coisas, caralho.
Mas isso realmente importa? Escrever coisas? É mesmo tão importante quando se decide quem é ou não é realmente um “escritor” ?
Pelo amor de deus, sim.

Veja, há uma defesa comum contra tudo que eu disse até agora, e contra qualquer voz crítica em sua vida. É aquilo que seu ego está dizendo a você com o objetivo de evitar que você tenha o trabalho duro de mudar: “Eu sei que sou uma boa pessoa por dentro”. Também pode ser visto como “Eu sei quem eu sou” ou “Eu só tenho que ser eu“.
Não me leve a mal; quem você é por dentro é tudo – o cara que construiu uma casa para sua família do nada fez isso por causa do que ele era por dentro. Toda coisa ruim que você já tenha feito começou com um impulso ruim, algum pensamento ricocheteando dentro de seu crânio até que você teve que agir. E toda coisa boa que você tenha feito passou pelo mesmo processo – “o que você é por dentro” é o solo metafórico a partir do qual seu fruto cresce.
Mas eis aqui o que muitos precisam saber, mas muitos de vocês não aceitam:
“Você” não é nada além do fruto.
Ninguém se importa com seu solo. “Quem você é por dentro” não tem importância além do que é produzido para outras pessoas.
Por dentro você tem uma grande compaixão por pessoas pobres. Legal! Isso resulta com você fazendo algo a respeito? Você ouviu sobre alguma tragédia terrível em sua comunidade e disse, “Oh, pobres crianças carentes. Deixe-as saberem que estão nos meus pensamentos”. Por que razão tais crianças dariam qualquer importância à esse ato? Descubra o que elas precisam e as ajude a conseguir! Pensamento sem ação é uma ideia que não nasceu para o mundo! Cem milhões de pessoas assistiram o vídeo do Kony e quase todas elas mantiveram as pobres crianças africanas “em seus pensamentos”. O que o poder coletivo daqueles bons pensamentos resultou? Porra nenhuma! Crianças morrem todos os dias por causa de milhões de nós que dizem a si mesmos que se preocupar é tão bom quanto fazer. É um mecanismo interno controlado pela parte preguiçosa de nosso cérebro que mantém você longe de realmente fazer algo.
Só quero dizer que você está em meus pensamentos. Boa sorte! Me informe se isso lhe curar.

Quantos de vocês estão andando por aí agora dizendo, “Ela/ele me amaria se ela/ele conhecesse a pessoa interessante que sou!“. Você está falando sério? Como todos os seus interessantes pensamentos e ideias se manifestam no mundo? O que eles fizeram você fazer? Se a garota dos seus sonhos tem uma câmera escondida que o seguisse por um mês, ela ficaria impressionada com o que visse? Lembre-se, ela não pode ler sua mente: somente pode observar! Ela gostaria de se tornar parte de sua vida?
Porque o que estou pedindo que você faça é aplicar o mesmo procedimento que você próprio aplica a todos os outros. Você não tem aquele amigo cristão chato que a única ajuda que oferece aos outros é “rezar por eles”? Isto não o deixa louco? Nem estou discutindo se a reza funciona ou não; não muda o fato que eles escolheram um tipo de ajuda que não requer que tirem a bunda do sofá. Eles se abstém de qualquer vício, eles pensam em coisas boas, seu solo interno é tão puro quanto pode ser, mas quais os frutos que crescem disso? E eles devem saber disso mais do que ninguém : eu roubei a metáfora do fruto da bíblia. Jesus disse algo como “uma árvore é julgada pelo seu fruto” várias e várias vezes. Cansou de dizer! Jesus nunca disse, “se você quer trabalhar aqui, venda“. Não, ele disse, “toda árvore que não gera bons frutos é cortada e jogada na fogueira!”
As pessoas não reagiram bem ao dizer isso, assim como os vendedores não reagiram bem ao Alec Baldwin os dizendo que eles precisam ter colhões ou se limitar a engraxar seu sapato. O que nos leva ao ponto final…
1. Tudo dentro de você lutará contra a mudança

A mente humana é um milagre, e você nunca a verá entrando tão belamente em ação como quando ela luta contra evidências de que é preciso mudar. Sua psique é equipada com camadas e mais camadas de mecanismos de defesa projetados para acabar com qualquer coisa que possa tirar as coisas exatamante de onde estão, pergunte a qualquer viciado como é.
Então mesmo agora, alguns de vocês ao lerem isso estão sentindo seus cérebros bombardeando-os com razões instintivas para rejeitar tudo isso. Por experiência própria, posso dizer que isso virá na forma de…
~Interpretando intencionalmente qualquer crítica como um insulto:
“Quem é ele para me chamar de preguiçoso e imprestável! Uma boa pessoa nunca falaria comigo desse jeito! Ele escreveu tudo isso somente para se sentir superior a mim e fazer eu me sentir mal sobre minha vida! Eu mesmo irei pensar em um bom insulto para chegar no mesmo nível dele!”
~Focando-se no mensageiro para evitar ouvir a mensagem:
”Quem é ESSE CARA para ME dizer como devo viver? Oh, como se ele fosse tão bom e foda! É somente um escritor idiota na internet! Eu vou desenterrar algo sobre ele para ter certeza que ele é um estúpido, e que tudo que ele está dizendo é estúpido! Esse cara é tão pretensioso, me faz vomitar! Eu assisti um antigo vídeo do youtube de um rap dele e achei completamente sem ritmo!”

~ Focando-se no tom para evitar ouvir o conteúdo:
”Eu vou procurar por aqui até que ache uma piada que é ofensiva quando tirada do contexto, e então só falar e pensar sobre isso! Eu ouvi que uma única palavra ofensiva pode render um livro inteiro à nada!”
~ Revisando sua própria história:
“As coisas não são tão ruins! Eu sei que tentei me suicidar mês passado, mas estou me sentindo melhor agora! É totalmente possível que se eu continuar fazendo exatamente o que estou fazendo, eventualmente as coisas irão dar certo! Eu terei minha grande chance, e se continuar fazendo favores para aquela garota linda, eventualmente ela dará mole pra mim!”.
~ Fingindo que qualquer mudança seria de alguma forma vender o seu verdadeiro eu:
”Oh, então eu acho que supostamente devo me livrar de todos os meus mangás e ir para a academia por seis horas por dia e ter um bronzeado artificial igual aqueles babacas do Jersey Shore? Porque ESSA É A ÚNICA OUTRA OPÇÃO?.”

E por aí vai. Lembre-se: a infelicidade é confortável. Por isso muitas pessoas preferem isso. A felicidade requer esforço.
E também requer coragem. É incrivelmente reconfortante saber que enquanto você não cria nada em sua vida, então ninguém pode criticar a sua criação.
É muito mais fácil só ficar sentado no sofá e criticar as criações de outras pessoas. Esse filme é estúpido. Essas crianças são umas pirralhas. O relacionamento daquele casal é uma zona. Aquele cara rico é ganancioso. Esse restaurante não presta. Esse escritor na internet é um babaca. É melhor deixar um comentário maldoso pedindo que o site o demita. Veja, eu criei algo.
Oh, espera aí, eu esqueci de mencionar essa parte? Sim, qualquer coisa que você tente construir ou criar – seja um poema, ou uma nova habilidade, ou um novo relacionamento – você imediatamente irá se deparar por não-criadores que destroem tudo. Talvez não seja na sua frente, mas irão fazer isso. Seus amigos bêbados não querem que você fique sóbrio. Seus amigos gordos não querem que você comece uma dieta. Seu amigo desempregado não quer que você comece uma carreira.


Mas lembre-se, eles estão somente expressando seu próprio medo, desde que destruir o trabalho de alguém é outra desculpa para não fazer nada. “Por que eu devo criar algo quando o que os outros criam é lixo?” “Eu teria escrito um romance inteiro agora, mas eu irei esperar para ser algo bom, não quero escrever o próximo Crepúsculo.” Desde que eles não produzam nada, será sempre perfeito e irrepreensível. Ou se eles produzirem algo, terão certeza de fazer algo com uma imparcial ironia. Farão algo intencionalmente ruim para deixar claro para todos que não foi com seu verdadeiro esforço. Seu esforço verdadeiro teria resultado em algo espetacular. Não como a merda que você fez.
Se você é uma pessoa que ao ler este tipo de artigo cultiva pensamentos do tipo “Quem é você para dizer isso? Por que não para de fazer esses posts? Isso é hipocrisia! Pare de generalizar, isso é diferente do que eu teria feito, e a atenção que você está recebendo está fazendo eu me sentir mal comigo mesmo?!” e entre outros, não seja essa pessoa nunca mais.  Isso é o que faz as pessoas odiarem você. Isso é o que faz você odiar você mesmo.
ntão que tal isso: um ano. Janeiro de 2015, esse é o seu prazo. Ou um ano a partir do dia que você ler esse artigo. Enquanto outras pessoas estão dizendo a você “Vamos fazer uma promessa de Ano Novo para perder 15 quilos esse ano” eu diria vamos se empenhar em fazer qualquer coisa – aprenda algo, qualquer melhoria a você como ser humano e aprenda à impressionar pessoas. Não me pergunte o que – porra, escolha algo aleatoriamente se você não souber. Faça aulas de karatê, dança de salão, ou cerâmica. Aprenda a cozinhar. Construa um viveiro. Aprenda massagens. Aprenda uma linguagem de programação. Adote um codinome de superherói e combata o crime. Comece um vlog no youtube. Traduza e legende vídeos para o L+
“Cacete, aprendendo espanhol, eu ganhei a habilidade de falar com 400 milhões de pessoas que antes eu não podia.”
Mas a ideia é, eu não quero que você se foque em algo animal que fará tudo dar certo para você (“Irei achar uma namorada, ganhar muito dinheiro…”). Eu quero que você se foque puramente em dar a você mesmo uma habilidade que irá torná-lo um pouco mais interessante e valoroso para as outras pessoas.
“Eu não tenho dinheiro para fazer uma aula de culinária”. Você tem acesso à Internet, não tem? Então digite no google“como cozinhar”. Eles até filtram o pornô – sim, agora eles filtram – e estará lá várias lições para você aprender, está mais fácil do que nunca. Porra, você tem que parar com essas desculpas. Ou elas irão acabar com você.

Se você quer anotar seu projeto em uma agenda ou nos comentários e verificar depois de um ano, seja livre. Estarei curiosa para ver se ao menos uma pessoa fará isso, mas se rolar iremos ver, não somente se conseguimos ou não cumprir a tarefa, mas o porquê. Você não tem nada a perder, e o mundo precisa de você! 
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T E X T O S  | L I V R O S A R T I G O S | V I D E O S complementares. . .

- Do you dare the dream? ("Você ousa sonhar?")

Enfim: Mãos, pensamentos, corpo, alma e coração á obra <3 :="" font="">

20 de jan. de 2014

O tempo e as jabuticabas



Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui pra frente do que já vivi agora.
Sinto-me como aquela menina que ganhou uma bacia de jabuticabas: as primeiras, ela chupou displicente, mas percebendo que faltavam poucas, rói o caroço.
Já não tenho tempo para lhe dar com mediocridades.
Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices.
Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Já não tenho tempo para projetos megalomaníacos.
Não participarei de conferências que estabelecem prazos fixos para reverter a miséria do mundo.
Não quero que me convidem para eventos de fim de semana com a proposta de abalar o milênio.
Já não tenho para reuniões intermináveis para discutir estatutos, normas, procedimentos e regimentos internos.
Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.
Não quero ver os ponteiros do relógio avançando em reuniões de "confrontação", onde "tiramos fatos a limpo".
Detesto fazer acareação de desafetos que brigaram pelo majestoso cargo de secretário geral do coral.
Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos."
Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa...
Sem muitas jabuticabas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, defende a dignidade dos marginalizados, e deseja tão somente andar ao lado do que é justo.
Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade, desfrutar desse amor absolutamente sem fraudes, nunca será perda de tempo.
O essencial faz a vida valer a pena.

Rubem Alves

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Tempo: o que não se pode comprar nem roubar, nem emprestar. Algo que passa desapercebido durante muitos anos; que é jogado fora, roubado de nós mesmos muitas vezes por nós mesmos... Mas está na própria estrutura do ser humano, do que lhe é mais fundamental, que nos desperta para a vida quando podemos reconhecer sua efêmera existência.

Evelin Pestana - Reflexões da Psicanálise



11 de dez. de 2013

A doença de ser normal*


Já foi normal duas pessoas se digladiarem até a morte para entreter a multidão. Também já foi normal queimar mulheres na fogueira por bruxaria e fazer pessoas trabalharem sem remuneração com direito a castigos físicos só pela cor da pele. Era normal também humanos se alimentarem de sua própria espécie e casarem sem amor. Já foi normal passar 40 horas da semana fazendo algo que se detesta, mentir para ganhar dinheiro e devastar florestas inteiras em busca de um suposto desenvolvimento. Peraí, este último ainda é normal. Afinal, será que ser normal - e achar normais coisas que não deveriam ser - pode ser uma doença?

Segundo alguns psicólogos, sim. A doença de ser normal chama-se, segundo eles, normose: um conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social que, na realidade, são patogênicos em graus distintos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de sentido na vida.

O conceito foi cunhado quase que simultaneamente pelo psicólogo e antropólogo brasileiro Roberto Crema e pelo filósofo, psicólogo e teólogo francês Jean-Ives Leloup, na década de 1980. Eles vinham trabalhando o tema separadamente até que um terceiro psicólogo, o francês Pierre Weil, se deu conta da coincidência. Perplexo, Weil conectou os dois, e os três juntos organizaram um simpósio sobre o tema em Brasília, uma década atrás. Do encontro, nasceu uma parceria e o livro Normose: A patologia da normalidade.

No fim dos anos 70, Crema estava encucado com o fato de muitos autores apontarem uma "patologia da pequenez": o medo de se deixar ser em sua totalidade. Ele deparou-se com muitos pensadores, entre eles o alemão Erich Fromm (1900-1980), que falava do medo da liberdade, e o suíço Carl Jung (1875-1961), que afirmava que só os medíocres aspiram à normalidade. Crema misturou ao caldo a célebre declaração do escritor britânico G.K. Chesterton (1874-1936), que disse que "louco é quem perdeu tudo, exceto a razão", e acrescentou os anos de observação e prática em sua clínica pedagógica.

Assim nasceu o conceito de normose, que, segundo ele, "ocorre quando o contexto social que nos envolve caracteriza-se por um desequilíbrio crônico e predominante". A normose torna-se epidêmica em períodos históricos de grandes transições culturais - quando o que era normal subitamente passa a parecer absurdo, ou até desumano. Foi o que aconteceu no final do período romano, em relação à perseguição de cristãos, ou no início da Idade Moderna, com o fim da legitimidade da Santa Inquisição, ou no século 19, com a perda de sustentação moral da escravidão. E, segundo Crema, Leloup e Weil, é o que está acontecendo de novo, com a crise dos nossos sistemas de produção, trabalho e valores.

"O novo modelo é ainda embrionário, e os visionários dessa possibilidade de sociedade não-normótica ainda são minoria", diz Crema. Enquanto a maioria de nós se adapta a um ambiente social doente, quem resiste à normose acaba considerado desajustado, por não obedecer ao estado "normal" das coisas.

Como aquele cara que, mesmo ganhando o suficiente para fornecer educação, moradia e alimentação para si e seus filhos, é considerado vagabundo e louco por, em plena quarta-feira ensolarada, liberar as crianças da aula e levá-las à praia. Mas como? Em dia de semana? As crianças vão faltar aula? Pois é. De repente, ele acha que um dia na natureza vai fazer mais bem a seus filhos do que horas sentados em sala de aula. Será que ele não é saudável, e doentes estão os outros?

Desnormotização

Para a filósofa Dulce Magalhães, que escreve sobre mudanças de paradigmas, o normótico acredita que geração de renda e falta de tempo para si ou para a família são indissociáveis. "As pessoas consideram que trabalhar muitas horas, colocar em risco sua saúde e suas relações é normal", diz ela. "Mas isso tem um custo pessoal e social alto demais, que acabam levando a problemas de saúde pública e violência, por exemplo."

Dulce acha que a cura para a normose está em mudarmos de modo mental, abandonando o modelo da escassez, que hoje rege o mundo, e abraçando o da abundância. Ela explica: "Desde a infância, aprendemos que o que vem fácil vai fácil e que, se a vida não for difícil, não é digna. Precisamos mudar isso e entender que esforço não é tarefa." Quantos de nós chegamos em casa reclamando para mostrarmos (a nós mesmos e aos outros) que trabalhamos muito e tivemos um dia duro, como se isso trouxesse algum tipo de mérito?

Segundo Crema, cada um de nós tem talentos diversos, mas "o normótico padece de falta de empenho em fazer florescer seus dons e enterra seus talentos com medo da própria grandeza, fugindo da sua missão individual e intransferível". "Quando temos necessidade de, a todo custo, ser como os outros, não escutamos nossa própria vocação", acredita.

O carioca Eduardo Marinho, hoje com 50 anos, percebeu cedo que não queria ser como os outros. Filho de militar, abriu mão de sua condição financeira e de sua faculdade ao se dar conta, aos 18 anos, que não queria olhar para sua vida quando velho e pensar que não tinha feito nada relevante. "Não queria ser bem-sucedido e me sentir fracassado". Eduardo saiu pelo País pedindo abrigo e comida em troca de favores e buscando algo que o preenchesse. Depois de passar por poucas e não tão boas pelo Brasil, deu voz a sua vocação. Hoje é artista plástico.

Ele acredita que a desnormotização se inicia dentro de cada um: "Que tal olhar para dentro de si mesmo? É aí que começa a revolução", sugere. Claro que, para isso, não é mandatório dormir nas ruas. Fazer o trajeto que Eduardo escolheu para si pode ser perigoso e não há nenhuma garantia de sucesso.



Bug cerebral

A cura da normose é trabalho individual, mas alguns esforços sociais podem ajudar. Para começar, seria um adianto se tivéssemos um novo modelo educacional. A escola poderia ser o lugar onde as crianças descobrem suas verdadeiras vocações - em vez de tentar padronizar os alunos e convencê-los a serem normais.

Mundo afora, estão surgindo escolas com uma nova lógica, como a Escola da Ponte, em Portugal. A instituição não segue um sistema baseado em séries, e os professores não são responsáveis por uma disciplina ou por turmas específicas. As crianças e os adolescentes que lá estudam definem quais são suas áreas de interesse e desenvolvem seus próprios projetos de pesquisa, tanto em grupo como individuais.

Algo similar parece estar acontecendo no mundo empresarial, onde mais e mais empreendimentos estão dando voz à liberdade individual. O caso clássico, sempre citado, é o do Google, cuja sede, em Mountain View, na Califórnia, conta com salas de jogos, videogames, espaços ao ar livre e tempo reservado para que cada funcionário desenvolva seus próprios projetos para a empresa, com total autonomia.

Claro que não há vagas para todos nós no Google nem para todos os nossos filhos na Escola da Ponte. A cura da normose não vai ser resultado de uma ou outra iniciativa isolada - ela só vai ser possível quando houver no mundo gente suficiente disposta a questionar tudo o que achamos normal.

E talvez isso demore anos para acontecer. A explicação para isso pode estar num bug que todos carregamos no cérebro, que tem uma tendência de recusar sempre novos jeitos de olhar o mundo. É o que explica o psicólogo israelense Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 2002, em seu livro Rápido e Devagar: Duas formas de pensar. Segundo ele, nosso cérebro confunde o que é familiar com o que é correto: ao ver ou sentir algo que desperta alguma memória, o cérebro define aquele "familiar" como "correto", da mesma maneira que o novo é decodificado como passível de desconfiança.

Esse sistema foi muito útil para nossos antepassados homens das cavernas, que não podiam mesmo sair comendo qualquer frutinha nova que aparecesse à sua frente. Mas, nos dias de hoje, que exigem novas ideias para lidar com um mundo em mudança constante, esse mecanismo cerebral virou um entrave à inovação. Segundo essa tese, a normose não é uma doença: é uma característica humana, moldada pela evolução. Ou seja, talvez ser normótico seja normal.

Você tem normose?



Normose é um conjunto de hábitos considerados normais pelo consenso social que, na realidade, são patogênicos e nos levam à infelicidade, à doença e à perda de sentido na vida.

"Que tal olhar para dentro de si mesmo?

É aí que começa a revolução". Importante notar que, para olhar para dentro e descobrir sua vocação, não é mandatório dormir pelas ruas do país.

Para saber mais

Normose: A patologia da normalidade
Jean-Yves Leloup, Pierre Weil e Roberto Crema, Verus, 2003

Rápido e Devagar: Duas formas de pensar
Daniel Kahneman, Objetiva, 2012

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* Texto originalmente publicado no site da revista Super Interessante, da Abril.

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